A Bela Associação (Associação Cultural e Base dos Ninjas)
A Bela Associação é uma associação cultural sem fins lucrativos que tem como fim a criação, produção, promoção, formação e organização de eventos artísticos e literários, dentro das áreas da dança, do teatro, da música, das artes visuais e da gastronomia conceptual. Criada em 2013, a associação tem vindo a produzir diversos trabalhos da coreógrafa Mariana Tengner Barros e do músico Jonny Kadaver, organizando workshops e eventos artísticos em Portugal, França e na América Latina. Desde 2016, a A Bela Associação tem instalado grande parte das suas actividades (ensaios, produção de música, pesquisa em novos media, encontros e acolhimentos de artistas em residência) no espaço Casa do Burrikórnio em Cacilhas, Almada. Nos últimos anos tem explorado a sua vertente comunitária através desse seu espaço físico em Almada onde são realizadas diversas actividades e eventos direccionados à comunidade local, assim como inúmeros projectos educativos em colaboração com outras entidades.
Mariana Tengner Barros (Direcção Artística, Coreografia e Performance)
Coreógrafa, bailarina e performer. O seu trabalho tem sido apresentado em diversos países na Europa e América do Sul, salientando “The Trap” (2011, Vencedor do Prémio do Público Jardin D’Europe- Áustria), “A Power Ballad” (2013) e “Resurrection” (2017) co-criações com o coreógrafo Mark Tompkins e “Instructions for the gods: i4gods” (2017), uma performance contínua de 5 h para museus em colaboração com o músico Pan.demi.CK Colaborou com vários artistas em diferentes projectos enquanto bailarina, actriz e performer salientando Francisco Camacho, Meg Stuart, John Romão, Ballet Contemporâneo do Norte, Diana Bastos Niepce, Elizabete Francisca, Nuno Miguel, António Mv, Jonny Kadaver, Agnieszka Dmochowska, Raquel Castro, Retina Dance Company e Rafael Alvarez.
Licenciada em dança pela Northern School of Contemporary Dance em Leeds, Inglaterra (2003). Estagiou no Ballet Theatre Munich, sob a direcção artística de Philip Taylor em Munique (2004). Membro fundador do colectivo artístico The Resistance Movement em Leeds (2005). Completou o Programa de Estudo e Criação Coreográfica-PEPCC no Fórum Dança em Lisboa (2009). Foi artista associada da EIRA entre 2013 e 2016. É directora artística d’A BELA Associação. Integra a banda Kundalini XS e o projecto musical performativo Digital Pimp Hard at Work, ambos editados pela Gruta.
Mark Angelo (Direcção Artística, Grafismo, Figurinos, Câmara e Performance)
Mark Angelo Harrison é um artista do colectivo europeu de performance SP23. Nascido em Inglaterra, membro fundador do Sistema de Som Spiral Tribe, no qual criou uma série de imagens gráficas que são actualmente consideradas como a grande influência na estética visual do movimento Tecnho Underground. No início dos anos 90, com mais três dos membros de Spiral Tribe, assina contracto discográfico com Youth da banda de rock inglesa Killing Joke. Este contracto financiou a construção de um estúdio de música comunitário e móvel que permitiu ao colectivo tornar-se completamente autónomo, produzindo centenas de discos independentes enquanto viajava pela Europa. O estúdio Spiral não só orientou e treinou muitos jovens músicos, como também através da sua rede de distribuição de vinil, permitiu que outros colectivos financiassem as suas próprias editoras de discos independentes. Em meados de 90, Mark funda a editora Stormcore que foi pioneira na música Tecnho Experimental. Em 2001 Mark regressa a Inglaterra para começar uma Cooperativa de Permacultura chamada The Green Dragon Woodland Project. Utilizando os rendimentos da reciclagem e venda de livros em segunda mão, este projecto compra terreno de agricultura para regenerar o habitat da floresta nativa e plantação de comida orgânica. Durante 12 anos, Mark ajudou na manutenção de 24 hectares de terreno e dois viveiros de árvores, plantando cerca de 40,000 novas árvores autóctones na zona. Em 2013 Mark volta para a Europa central para ajudar a fundar a associação de música e artes SP23. Para além do trabalho em artes gráficas, fotografia e design de palco para as performances de SP23, Mark (que actualmente vive em Berlim) dá aulas de serigrafia e é frequentemente convidado a dar palestras sobre a história da cultura do sound system, activismo artístico e empoderamento das comunidades.
Jonny Kadaver (Direcção Musical, Músico e Performer)
Músico e Compositor. Compõe o seu primeiro original e toca ao vivo pela primeira vez aos 12 anos, tendo desde então construído uma carreira na música alternativa, abrangendo desde o metal ao punk, do hip-hop ao techno. Entre 1997 e 2000 trabalhou como assistente e produtor no estúdio de som Margem Sul, em Almada. Entre 2002 e 2008 viveu em Londres, onde desenvolveu alguns dos seus projectos e colaborou com músicos e produtores da cena internacional. Das suas bandas destaca Act of Anger, Hattemachin*, Techno Widow, Them Strange Sick Blues e JK666. Desde 2013 colabora com Mariana Tengner Barros a fazer a sonoplastia e a compor para dança e performance. É membro d’A Bela Associação e ajuda a gerir as actividades d’A Casa do Burrikórnio em Cacilhas. Pertence ao colectivo e editora de música Gruta com os projectos Digital Pimp Hard at Work, Kundalini XS, Pan.demi.CK entre outras participações como produtor e músico dentro da editora. Foi membro fundador das editoras Picturesk dekaDANCE, Wonky Donky Sound e CusCus Discus.
Tiago Rosário (Músico, Perforamnce, Website, Produção e Artista de Vídeo)
Inicia-se no dj’ing com o projecto VEIA. O seu conhecimento e experiência em informática trouxe-lhe uma facilidade em manusear qualquer tipo de ferramentas e softwares indicados para explorar quaisquer conteúdos media. Em 2016 cria a Gruta, um projecto de Podcasts (áudio e vídeo) online para a partilha de material relacionado com a música que serve como plataforma de artistas emergentes. Este conta com mais de 80 Podcasts em diferentes formatos, localizações, géneros musicais e rubricas específicas disponíveis online de acesso gratuito. A Gruta torna-se também editora de música em 2020. Emergindo-se intensamente na produção de eventos, programação, curadoria e comunicação, colabora com vários colectivos e projectos, tais como Nahuel Coletivo, A Bela Associação, MS TV, Rádio Ophelia, entre outros. Foi um dos fundadores da CusCus Discus, uma editora musical baseada entre as 2 margens do Rio Tejo, cujo lançamento da compilação de estreia contou com 27 projectos musicais diferentes.
Integra a Bela Associação, que reside na A Casa do Burrikórnio a qual também ajuda a gerir, com um papel bastante activo na criação artística, gestão, produção e comunicação.
Vera Marques (Edição de Vídeo, Câmara, Música e Performer)
Licenciou-se em Cinema e Multimédia na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias e fez o seu Mestrado na Université Paris VIII em Cinema (Teoria, Estética Memória) terminando a sua tese “Na descolonização: o Tercer Cine, a Argentina e o cinema político dos anos 1960 e 1970”. Em Lisboa, trabalhou como assistente de produção com o realizador Edgar Pêra. Em Paris, foi júri e programadora da segunda edição do “Imago – Festival de curtas ibero-americanas”, fez parte de um colectivo de Teatro do Oprimido composto por mulheres e foi membro do grupo musical “Le cul de la vieille” (instrumento: voz e guitarra). Em Buenos Aires, criou e leccionou o workshop “Produção de curtas-metragens – produzir memória através do Cinema” na Centro Cultural Victor Jara. Acompanhou a actividade da organização de base La Territorial, tendo feito video, edição e registo de som. Fez parte do curso de Composição Musical (instrumento: voz) do Conservatório Manuel de Falla com Ricardo Cappellano; foi membro do grupo experimental musical “Trítona”, o qual actuou em eventos do colectivo Lohana Berkins. Neste momento, reside em Miratejo (Seixal/Almada), há dois anos lecciona Expressões ao 1º ciclo do Ensino Básico; estuda Canto na Escola de Jazz da Fábrica Braço de Prata; e organiza Círculos de Vozes (grupos de experimentação sonora). É membro d’A Bela Associação.
Mee K (Músico, DJ e Performer)
Nascido em 1982 Miguel Freire, cujo nome de guerra é Mee_K, toca para o público desde 1997. Influenciado pelas batidas quebradas e linhas de baixo quentes do Drum n’ Bass, Hardstep, Hip-Hop e Trip-Hop, Mee_K assume-se como um dos pioneiros no movimento Drum n’ Bass português. Quem o ouve deixa-se levar pela potência inquietante do seu som, levando o público ao rubro, onde do vinyl se soltam scratchs endiabrados cheios de groove e personalidade.
Paula Moraes (Produção)
Formada em Ciências Econômicas pela Universidade Católica de Goiás. Ingressou no universo da música em 2011, trabalhando como booking agent na empresa Urban Jungle em São Paulo durante 3 anos tendo agenciado a carreira de artistas como Otto, Marcelo Jeneci, Fafá de Belém e Chico César, e estando responsável pela produção executiva de todos os seus shows. Em 2014 abriu sua própria produtora, Aurora Produções Culturais, com Ana Paula César e Alexandra Thomaz. Com foco também nos artistas da nova música brasileira, participaram das gravações dos discos da banda Jonnata Doll & Os Garotos Solventes, Bárbara Eugenia, Soledad, Horoyá e Guri Assis Brasil. Paralelamente ao trabalho com esses artistas da música brasileira, Paula também esteve presente no movimento das festas independentes da cena underground de música eletrônica em São Paulo, como produtora com coletivos como a Mamba Negra, Sangra Muta e Carlos Capslock. Com o coletivo Viemos do Egyto, bloco de carnaval do eixo RJ/São Paulo foi produtora das saídas do bloco no Rio e São Paulo nos anos de 2016 e 2017. Em 2016, Paula retorna a produtora Urban Jungle, mas dessa vez como produtora executiva e gerente de projetos. Nos três anos seguintes participou da produção dos shows dos artistas representados pela produtora, tour manager das tounés internacionais e como produtora em projetos paralelos como a convenção de música Brasil Music Summit (SP), Festival Dragão do Mar (CE), Virada Cultural (SP) e Se Rasgum (PA).
Bernardo Bertrand (Músico, Performer)
Músico e performer. Estudou artes audiovisuais na escola António Arroio, onde ensaiou com bandas embrionárias. Ainda antes do secundário aprendeu a tocar guitarra e teve a sua primeira banda de originais no 8º ano escolar com o amigo e actual artista Van Ayres. No final do Secundário, cerca de 2011/2012 conhece Sebastião Pinto e criam a Meia de Leite, projecto que continua a reinventar a pop festa punk electrónica cantada em português às margens dos grandes circuitos comerciais tendo tocado em locais como o Damas, Lounge, Plano B, Sabotage, Festival Forte e no Freekuency. Licenciou-se em Filosofia e desenvolveu um lado mais obscuro que culminou no seu mais recente projecto “Menino da Mãe”. As performances de Menino da Mãe já o levaram a tocar no Damas, Desterro, ZDB e recentemente estreou-se no Rio de Janeiro. Colaborou com Nina Botkay (bailarina brasileira com vasta carreira internacional) desenvolvendo a sonoplastia e fazendo assistência à criação da sua primeira performance a solo. Quando não está a celebrar a vida através da música é um bartender apaixonado por servir e melhorar a noite lisboeta, tendo trabalhado no Lux Frágil e actualmente nas Damas como chefe de bar.
Sebastião Pinto (Músico, Performer)
Tendo desde cedo enveredado pelas áreas relacionadas com som, tecnologia e imagem, foi a música que marcou o seu percurso. Tornou-se dj com 17 anos e aos 19, depois de algumas experiências mais amadoras, fundou a editora Extended Records, colectivo artístico onde até hoje exerce funções de administrador, sendo também responsável pela comunicação interna e a aquisição de talentos que faz de base para o conceito independente e apenas de cunho nacional da editora que lançou também uma sub-label em vinil: Discos Extendes. Neste contexto, fez também várias participações como locutor, em programação própria na Rádio Quântica. Em paralelo com estudos e projectos pessoais, Sebastião desdobrou-se desde cedo em diversos projectos musicais e performativos: Meia de Leite (com Bernardo Bertrand), mas também a solo como Lieben ou Pagão, tornando-se convidado regular nos vários espaços nocturnos de renome do país. Desde 2017 começou a desempenhar funções de light designer (concerto de Filipe Sambado, Lux, 2018), tendo sido também responsável por todos os desenhos de luz do palco Nataraj do Boom Festival do mesmo ano. Ocupa a posição fixa de técnico de operação de luz no MusicBox em Lisboa, tendo colaborado também noutros espaços e eventos.
Diana Bastos Niepce (Performer)
Bailarina, coreógrafa e escritora, formou-se na Escola Superior de Dança e fez Erasmus na Teatterikorkeakoulun (Helsinquia). Complementou os estudos com uma formação do Fórum Dança, Curso de produção gestão de artes do Espetáculo, curso de professora de Hatha-yoga e com a Pós-graduação de Arte e Comunicação na Universidade Nova de Lisboa. Criadora das peças Lopussa on Vain com a companhia GED, Forgotten Fog com a companhia Armazém 13, Morfme com a Plural Companhia de Dança, Isto não é o meu corpo com a Plural Companhia de Dança, Raw a Nude, 12 979 Dias na Biblioteca de Marvila. Enquanto bailarina e performer colaborou com o Bail-Moderne com a Companhia Rosas, Felix Ruckert, Willi Dorner, António Tagliarini, Daria Deflorian, La fura del baus, May Joseph, Sofia Varino, Miira Sippola, Jérome Bel, Ana Borralho e João Galante, Ana Rita Barata e Pedro Sena Nunes, Mariana Tengner Barros, Rui Catalão, Rafael Alvarez, Adam Benjamin, Justyna Wielgus. Actualmente colabora com a companhia polaca Teatr21, Cim companhia de dança, com a Plural Companhia de Dança, e com os criadores Bartosz Ostrowski, Mariana Tengner Barros e Rui Catalão. Publicou um artigo no livro Anne Teresa de Keersmaeker em Lisboa, ed. Egeac / INCM, escreveu o conto infantil Bayadére, ed. CNB e o poema 2014 na ed. Corpo XX da revista Flanzine. Júri do prémio acesso-cultura 2018 e Júri oficial do festival internacional de vídeo dança Inshadow 2018.
Ana Rocha (Performer, Produção)
(Porto, 1982) é produtora, curadora, coreógrafa, performer, dramaturga e às vezes escritora, uma espécie de canivete suíço. Estudou História da Arte, Arte Contemporânea e Artes Visuais. Co-dirigiu e fundou a MEZZANINE. Foi membro de outras estruturas culturais e colaborou na produção de diversos festivais. Fez parte dos projectos internacionais TRANSLOCA e Tranzfabrik Apresentou Fraud by Nature (Berlim\2012), Stabat Mater Furiosa (Porto\2017) e Manual da Falla (Porto\2019). Participou em projectos de: Fabienne Audéoud, Isabelle Schad e Meg Stuart, entre outros. Obteve a bolsa DanceWeb – Impulstanz’12. Concluiu o SPCP de Deborah Hay, “Dynamic” (2012). Faz mediação cultural e programação (TAMANHO M, XXATENEUXXI, Cultura em Expansão, To School Out of School\Colectivos Pláka, TanzKongress’19).
Daniel Oliveira (Direcção Técnica, Palco e Luzes)
Londres 1981. Formou-se em Teatro, Produção e Design no Ramo de Luz e Som da ESMAE (Porto 2005). Desde o primeiro ano, combina estudos com actividade profissional nas áreas de teatro, música ao vivo, publicidade e cinema; especializando-se na área de som, mas também trabalhando na área de iluminação e vídeo, criando especificamente projectos de iluminação para teatro e dança. Iniciou sua prática profissional como técnico de som e luz na companhia de teatro Panmixia e como freelancer no Teatro Rivoli, na Fundação de Serralves e Passos Manuel (Coliseu do Porto). De 2006 a 2013, assumiu a Direcção Técnica do Espaço Cultural Maus Hábitos. Combina a actividade no Maus Hábitos com outras colaborações, alternando entre as funções de Director Técnico, Técnico de Som FOH, Produção de Gravação e Áudio, Técnico e Designer de Luz e Vídeo. Trabalhou para entidades como: Casa da Música, Balleteatro, Externato Delfim Ferreira, Capital Europeia da Cultura de Guimarães, Associação Cultural Mundial Razoável e Associação Cultural Saco Azul. Em 2013, trabalha na área de música ao vivo como técnico de som freelancer em empresas como Decibel, Audiorent, Audinova, F-Som, CHS, Megaensaio. Foi responsável pelo áudio no Audiorent e pela Direcção Técnica do Teatro Mala Voadora, no Porto. Colabora regularmente com o Ballet Contemporâneo do Norte e A Bela Associação na Direcção Técnica.
Nuno Miguel (Consultoria Artística)
Nuno Miguel é investigador académico nas áreas de estética e teoria da arte contemporânea. Actualmente investiga a relação da performance com a especulação da “Morte da Arte”. As suas actividades versam a escrita, filosofia, comentário público e performance, tendo-se envolvido em debates políticos e culturais onde procura afirmar o ponto de vista do polemista e do criador. Trabalhou sempre entre disciplinas e desenvolveu a sua asserção artística e filosófica motivado pela transmutação da “Arte” em “Teoria”. Membro fundador do colectivo anartístico Bela TV com Mariana Tengner Barros, António Mv e Rogério Nuno Costa, assim como d’A Bela Associação.